sexta-feira, 17 de maio de 2013

Simplesmente Demi



Simplesmente Demi. Esse é o título do mais novo álbum de estúdio de Demi Lovato, uma cantora que assim como Selena Gomez, Miley Cyrus e algumas outras começaram trabalhando na Disney. No caso de Demi, ela marcou o início de seu sucesso com Camp Rock, onde já mostrou um pouco de sua incrível habilidade como cantora e como atriz. Porém algum tempo depois ela decidiu voar sozinha e seu primeiro álbum fora da Disney foi Unbroken, marcado por hits como “Skyscraper” e “Give Your Heart a Break”. Agora, após passar um período como jurada e mentora do The X-Factor USA, ela finalmente teve seu tão merecido retorno como cantora.


O primeiro single de Demi foi “Heart Attack”, uma música cheia de poder que mostra que já no seu quarto álbum de estúdio Demi Lovato consegue impressionar as pessoas com sua voz. É extremamente dinâmica, passa de uma parte para outra bem rápido, o que faz com que seja bem menos provável que alguém enjoe dela muito rápido. Com letra, música e produção impecáveis, o single debutou em número 12 na Billboard Hot 100 e até agora alcançou a posição de número 10. O clipe da música, porém, pareceu deixar alguns fãs e apreciadores de trabalho da cantora um tanto quanto decepcionados; segundo eles, o vídeo não faz jus à canção. Eu, particularmente, discordo dessa afirmativa e acho que o clipe foi incrivelmente criativo e diferente de qualquer coisa que Demi Lovato já tenha feito, e é isso o que o torna tão bom, pois ele mostra que ela está se arriscando e, se uma pessoa não se arrisca, ela nunca evolui. Entretanto, o que realmente decepciona sobre “Heart Attack” são as performances ao vivo. Quando Demi vai cantar essa música ela parece que perde o fôlego a cada verso (até nos que não exigem esforço algum) e praticamente morre sufocada nas partes mais intensas. Vamos lá, Demi, nós sabemos que você consegue fazer melhor do que isso! Entretanto, pelo visto Demi tem se esforçado bastante e treinado igual a uma condenada, porque ainda ontem eu finalmente vi um live de “Heart Attack” que eu gostei, e gostei muito. Dessa vez a cantora conseguiu manter a respiração constante e alcançar as notas mais difíceis sem quase desmaiar por falta de oxigênio no cérebro, com vocais praticamente perfeitos e um arranjo muito bom feito pela banda.

O álbum, lançado há uma semana, teve suas músicas reveladas pelo canal VEVO de Demi no YouTube, e de uma maneira muito interessante: como os nomes das músicas já haviam sido divulgadas pela pré-venda do álbum no iTunes, o que os fãs precisaram fazer foi subir uma hashtag com o nome de cada música e assim que essa hashtag chegava nos trending topics do Twitter a música era postada no YouTube. Demi, por sua vez, pareceu deixar os fãs bem satisfeitos. O álbum conta com 13 músicas, sendo que apenas 3 delas não tiveram a participação da cantora como compositora. Com músicas muito bem produzidas, Demi realmente mostra estar arriscando um estilo mais eletrônico a fim de se tornar mais atual na indústria da música, uma tática semelhante à de Taylor Swift com o álbum Red mas que, pelo visto, não deu tão certo para ela quanto para a cantora de country. O álbum não obteve muito sucesso nas vendas tanto digitais quanto físicas e, apesar do estilo completamente diferente de tudo o que Demi já fez, são perceptíveis muitas semelhanças com seus trabalhos anteriores. “Warrior”, uma linda faixa apenas com piano e orquestra que, junto com algumas outras, quebra o estilo moderno do álbum, apresenta uma letra que lembra bastante “Skyscraper”, mas isso não é bastante surpresa uma vez que a própria Demi Lovato declarou que a música é uma continuação do primeiro single de Unbroken. “Never Been Hurt” chegou a me deixar pensando “é sério, Demi?”, porque quando chega ao refrão vem o verso “I’m gonna love you like I’ve never been hurt”, ridiculamente igual ao verso “I’m gonna love you like I’ve never been broken” presente no refrão da música que dá nome ao seu álbum anterior. Porém uma comparação que muita gente tem feito e com a qual eu não consigo concordar nem tentando muito é “Made In The USA”, que Demi pretende que seja o próximo single do álbum, com “Party In The USA” de Miley Cyrus. Por favor, ninguém nunca mais pode colocar “USA” no nome da música porque Miley Cyrus já fez isso uma vez? E as duas músicas não têm a menor semelhança na letra ou na melodia. E “Neon Lights”, uma música que está recebendo bastante destaque nos elogios de quem ouve o álbum, para mim parece mais uma tentativa forçada de um hit dance do que de realmente fazer uma música boa (algo que tem sido dito por vários críticos a respeito do álbum com o um todo). É divertida, mas a entrada repentina de um ritmo dançante após o refrão já algo que está ficando extremamente repetitivo nas farofas atuais (“Starships” da Nicki Minaj, “Where Have You Been” da Rihanna…).

Em resumo, mesmo com alguns defeitos e pontos não tão positivos, é um álbum realmente muito bom, no qual Demi Lovato deu todo o seu suor e sangue, e ela realmente merece os parabéns por estar se arriscando ao experimentar novos estilos mas sem perder muito do que vinha fazendo até então. Vale a pena escutar as músicas, que são ótimas, e espero que ele consiga ao longo do tempo conseguir um sucesso maior e que seus futuros singles sejam grandes hits.

Eu não sei se vocês perceberam, mas quem escreveu esse texto não foi nossa queridíssima Mari. Meu nome é Caio e eu vou participar do blog fazendo postagens como essa a respeito da música popular atual. Espero que vocês tenham gostado e que vocês expressem suas opiniões nos comentários, eu volto em breve com mais.

(Oi, gente! Aqui é a Mari, só passando pra explicar: vocês devem ter percebido que, a partir de hoje, o A&W conta com dois colaboradores preciosíssimos: a Giulia Lazzarini @giulazzarini e o Caio Loureiro @caiovitcho, que vão falar de livros e música, respectivamente. O Caio entende muito de termos técnicos de música, principalmente música pop, e vai falar sobre os lançamentos das nossas divas e tal.)

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