segunda-feira, 1 de abril de 2013

Resenha dupla: livro A Resposta e filme Les Miserables

Oi galeres! Hoje Mari também dá uma de crítica. Nesse feriadão, aproveitei o tempo livre para assistir Les Miserables com o namô, um filme que exige paciência, já que tem três horas de duração, e terminar o livro do querido A Resposta, que exige mais paciência ainda, já que tem 567 páginas. O livro foi uma delícia de ler, já o filme, no começo, encheu um pouco o saco. Mas vamos ler mais sobre isso na resenha, né?

LES MISERABLES

Para cinéfilos e críticos de verdade e entendedores da sétima arte, tenho certeza de que esse filme é uma obra-prima. E realmente é, eu não duvido disso! Mas, se você, como eu, começar a ver sem saber muito bem sobre a obra, vai se irritar no começo. Porque o filme, simplesmente, não tem diálogos: só músicas. Tudo o que eles falam é cantado. Durante três horas. É interessante, emocionante, tocante e desperta mil sentimentos dentro de você, mas, sem diálogos, irrita no começo. Pelo menos eu me irritei. Mas isso não impediu que eu achasse a história fascinante, os personagens maravilhosos, os atores impecáveis e tudo o que merece um vencedor do Oscar. A melhor cena foi, sem dúvida, quando Fantine, personagem de Anne Hathaway (que ganhou um Oscar pelo papel e vem sendo apontada como a melhor Fantine de todos os tempos!!), depois de se prostituir para pagar os cuidados da filha, canta a famosa "I Dreamed A Dream". 

Eu também me interessei muito pela cena onde Eponine, na chuva, canta "On My Own", sobre seu amor frustrado por Marius. Eponine é, pra mim, uma das melhores personagens. A dor de seu amor não correspondido e a intensidade de sua paixão transformam ela em uma criatura muito interessante (bem melhor que a insossa da Cosette). A história é longa, e, apesar do protagonista ser o ex-escravo Jean Valjean (interpretado pelo Hugh Jackman, o Wolverine. É muito estranho, segundo meu namorado, ver o Wolverine cantando), existem muitos outros personagens interessantes na trama.

Veredicto: Vale a pena. Reserve três horas da sua tarde de domingo, faça um balde de pipoca com manteiga e coma junto o resto do chocolate da Páscoa, tudo isso sozinha. Você vai chorar, se animar, gritar, se enfurecer e ter muitos sentimentos conflitantes ao longo da história. Isso se você não enjoar da cantoria.

A RESPOSTA
Você pode ter passado seus olhos por uma capa parecida na locadora, mas não se engane: eu vou resenhar o livro A Resposta, que baseou o filme vencedor de Oscar Histórias Cruzadas (aliás, se você quiser ver o filme antes de ler, ou vice-versa, eu recomendo altamente o filme, é maravilhoso). Conheci a história só porque, me julguem, tinha a Emma Stone no filme. Eu sou superfã dela, mas acabei me apaixonando verdadeiramente pela história: tanto que o filme é meu segundo preferido e o livro é meu preferido de todos os tempos! 

A história é possui três narradoras: Eugenia "Skeeter" Phelan, uma jovem moça branca que sonha em ser escritora, tem diploma na faculdade e ideias revolucionárias, mas não possui 1) Beleza estrondosa 2) Marido 3) Noção de moda. Isso, para a época, era terrível, já que as mulheres quase não trabalhavam e, quando trabalhavam, era pra arranjar marido e não recebiam dinheiro suficiente para se sustentarem. Outra narradora é Aibileen Clark, uma senhora negra que perdeu o filho Treelore, e o marido quando este fugiu dela. Aibileen, devastada pela dor de perder o filho de forma terrível, passa a ser meio indiferente para tudo. Trabalha para famílias brancas mas, ao contrário da maioria das empregadas, muda de emprego constantemente, assim que os filhos crescem, pois sua especialidade é cuidar de crianças. A terceira narradora é Minny Jackson, também uma empregada negra, que sofre com o marido violento e sua falta de papas da língua. Apesar de ser a melhor cozinheira do estado, Minny não consegue refrear sua boca, e por isso vive perdendo um emprego atrás do outro.

No início da década de 60, em um estado como o Mississippi, o preconceito contra negros era gritante. Durante todo o livro, histórias de negros violentados ou mortos por desrespeitarem as leis segregacionistas ou por tentarem promover reformas são relatadas. A grande ideia de Skeeter, ao ver que as coisas precisam ser mudadas, é de escrever um livro contendo relatos de empregadas negras, sobre como é servir famílias brancas. Ao longo do livro, Skeeter e Aibileen, as duas principais colaboradoras do livro, encontram empecilhos e desgraças, histórias que realmente te fazem pensar. Rico, interessante e cheio de cultura. Eu recomendo.

Veredicto: Maravilhoso. Melhor impossível. Meu novo livro preferido de todos os tempos.

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